quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Últimos dias de Chamadas Abertas para o Ciência sem Fronteiras

As inscrições para o Ciência sem Fronteiras estarão abertas até o dia 29/11/2013, sexta-feira!


Fonte


Para que desperte o desejo de realizar uma experiência internacional, segue abaixo o depoimento da acadêmica Nitiele do Nascimento Pires do curso de Educação Física que está na Arizona State University - EUA.

"Bom chegou a hora então,
Um misto de sentimentos, medo do desconhecido, insegurança no idioma... alternado com a euforia e ansiedade de uma nova etapa em minha vida!

Etapa esta que nunca imaginei viver, um sonho muito distante, mas que hj se torna realidade, muito além do que um dia pudesse esperar!

Agradeço a todos que contribuíram na minha caminhada,
a minha família, que mesmo com o coração apertado estão do meu lado
minha mãezinha amada, tentando se manter forte, pra me passar segurança!
aos meus queridos profes, especial o Sor João Carlos Jaccottet Piccoli,
aos amigos que sempre me carregaram de um lado pra outro,
carona pra “facul”, pro estágio, pra casa, caronas intermunicipais, hehe

sigo agora de carona internacional, rumo ao Arizona!
Go to Arizona State University


Bom galera, uma semana se passou já e eu sem dar noticias né.

Então, desde a chegada, já perdi as contas do quanto já aprendi!
Foram 18h de viajem, sozinha! Sem saber o que falar , pra onde ir nos aeroportos.. uma aventura, mas deu tudo certo e nem me pararam na alfandega ( mesmo trazendo a erva e a bomba, além da cuia claro, para o chimarrão, hehehe)

Estou dividindo o ap com uma americana, muito tri! O lugar eh tri também, tem tudo! O campus da universidade eh gigante! Me apaixonei pela academia, eh demais

Sobre minhas aulas, a maior parte eh pela manha, tenho colegas da Arábia, China, Kuait, eh cada sotaque estranho, fora os brasileiros que vieram pra cá, cada um de um lugar também, muitos sotaques. Daqui a pouco estou misturando tudo.

Enfim, muitas coisas novas, muito calor, e muita saudades!
Ainda nem parece que estou nos EUA!"

Nitiele do Nascimento Pires à esquerda!




segunda-feira, 4 de novembro de 2013

10 lições da Finlândia para a Educação Brasileira

A Universidade Feevale possui convênio com instituições de diferentes países e algumas dessas parceiras estratégicas para desenvolver a internacionalização na instituição e na comunidade encontram-se na Finlândia.
 
A Finlândia é um exemplo pelo seus sistema de educação e hoje, vamos trazer trechos da matéria da revista Exame que conta mais sobre a estada da diretora do "MEC finlandês".
 
Jaana Palojärvi, diretora do Ministério da Educação e Cultura da Finlândia, veio ao Brasil no início deste ano participar do Seminário Internacional sobre o Sistema de Educação.
 
 
1. A educação tem de ser igual e gratuita a todos
Jaana Palojärvi é veemente ao afirmar que as escolas na Finlândia oferecem a todos ensino de qualidade e gratuito. Por lá, apenas 2% das instituições de ensino são particulares, e mesmo estas são subsidiadas pelo governo. Além disso, a diretora defende que o padrão de ensino é o mesmo em todas as escolas finlandesas e, por isso, as crianças passam a frequentar a escola do bairro, que está mais próxima de onde elas vivem. Um princípio de igualdade que equaliza oportunidades.
 
2. “Mantenha as coisas simples”
Quando perguntada qual o principal conselho que ela teria para os educadores brasileiros, Jaana hesitou, mas definiu: “foco nos níveis mais locais”.
 
Na Finlândia, a educação fica ao encargo do município e, mais do que isso, do professor. É ele, após muito treinamento, que decide como passar o conteúdo. Cada escola é livre para criar seu próprio material de ensino. Para Jaana, isso faz toda a diferença, já que motiva os professores e incentiva novos modos de ensino, que acomodem as necessidades de cada criança.
 
“Tem de prestar atenção na realidade da sala de aula. É lá que a mudança acontece”, disse.
 
3. Valorização do professor
“O professor é a primeira pessoa na vida do aluno”, explica a diretora. Em seu país, eles podem não ter os maiores salários (ganham uma remuneração média em relação a outros setores), mas a carreira de professor é uma das mais populares. E por quê?
 
O professor na Finlândia é bem preparado. Ele precisa ser graduado e ter um mestrado. Passa ainda por treinamento específico para dar aulas e tem plano de carreira. Nesse contexto, faz sentido que ele tenha a palavra final dentro da sala de aula. Para o governo finlandês, isso faz toda a diferença, já que estimula o professor a inovar e torna a profissão mais inspiradora.
 
A diretora ressaltou, no entanto, a importância da educação obtida pelo próprio professor para que ele se torne autoridade máxima. "Nós demos o preparo e, agora, temos de confiar neles", explica. Esse quadro de preparo, oferta de oportunidade e consequente confiança nem sempre se repete no Brasil.
 
4. A quantidade de dinheiro não importa
Enquanto no Brasil há projetos propondo o aumento da verba do PIB destinada a gastos com ensino, na Finlândia o movimento foi contrário. Por lá, apenas 6% do PIB é dedicado à educação. E mesmo assim eles lideram as avaliações internacionais junto com a Coreia do Sul.
 
Jaana afirma que a questão não é a quantidade de dinheiro separada para alguma coisa, mas como você organiza o dinheiro que usa. Lá, há menos burocracia para se alterar a maneira como se gasta o dinheiro investido. Em poucos anos a máquina administrativa foi alterada para que o investimento, embora não o maior do planeta, estivesse entre os melhores em destinação.
 
5. A quantidade de horas de estudo não importa
A Finlândia não tem escolas de período integral – e os alunos não têm muita lição de casa. Segundo Jaana, “a qualidade do ensino existe na sala de aula, e isso se alcança com bons professores”. O sistema básico e obrigatório de educação também segue essa linha de raciocínio e só começa com a criança aos sete anos: “nós acreditamos que nossas crianças têm de ser crianças. Elas não têm de aprender a ler ou escrever antes dessa idade”, explica a diretora.
 
No Brasil, o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, lançado pelo governo federal no ano passado, foi criticado por prever que as crianças estejam aptas a ler e efetuar operações matemáticas básicas já com oito anos.
 
6. Atenção aos alunos que podem apresentar mais dificuldades
Na Finlândia, o foco não está no aluno que vai melhor. Pelo contrário, os professores tentam identificar aqueles que podem ter problemas, para conseguir mantê-los no sistema.
 
7. Valorização das diferentes formas de aprendizagem
Existem crianças mais visuais, outras aprendem melhor com música, outras se podem usar das mãos para compreender um novo conceito. Na Finlândia, os modelos pedagógicos sustentam diferentes estilos de ensino, segundo a diretora. O foco não é tanto em conteúdo, mas em análise e apoio de diferente métodos.
 
8. Menos tecnologia, mais ensino
Ao contrário do que se pode imaginar, tecnologia não é supervalorizada na Finlândia. Segundo Jaana, os professores até usam novos recursos tecnológicos, mas eles não são tão importantes. “São só ferramentas, não são o conteúdo, que é a chave de tudo”, explica.

9. Nada de testes
Esqueça Enem, vestibular, Enade... Na Finlândia não há provas nacionais e cada professor está livre para avaliar seus alunos como bem entender. “Nós não acreditamos muito em testes, estamos mais interessados em aprender”, explica a diretora. Com professores menos empanhados em provas, eles passam seu tempo individualizando métodos de ensino ou criando novos.

10. Valorização das artes
Enquanto por aqui a preocupação maior é trazer mais meninas para as áreas das Exatas, lá é exatamente o contrário. As escolas finlandesas já têm aulas de artes e música no currículo básico, e a carga horária delas deve aumentar ainda mais, tentando atrair também a atenção dos meninos mais matemáticos das salas. "A cada dez anos, muda tudo em Física. Muda tudo em Química. Por isso o conteúdo não é tão importante, mas ter jovens criativos e comunicativos é essencial", opina Jaana.