terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Três perguntas para - Allan E. Goodman, presidente do Instituto de Educação Internacional (IIE)

O programa brasileiro de estímulo a bolsas de estudo no exterior, o Ciência Sem Fronteiras, está no caminho certo?A presidente Dilma Rousseff tomou medidas corajosas para qualificar a mão de obra que permitirá ao Brasil se tornar mais competitivo em um quadro global. A decisão de dar 100 mil bolsas de estudo no exterior para alunos de graduação até 2014 preparará os jovens do Brasil a prosperarem na economia do conhecimento. Dados do estudo "Global Education Digest", da Unesco, indicam que menos de 0,5% dos estudantes brasileiros estudaram fora do País. É muito pouco. Apenas no ano letivo 2010/2011, a China tinha 157,5 mil alunos nas melhores universidades dos Estados Unidos. No mesmo período, o Brasil enviou 8,7 mil pós-graduandos.

Por que esse tipo de intercâmbio é importante?Em um momento em que a economia brasileira está se expandindo rapidamente e o Brasil e os Estados Unidos estão fechando laços sem precedentes para o desenvolvimento de programas de energia, de comércio e na área científica, nós olhamos para o ensino superior como uma área-chave para os dois países buscarem mais cooperação. Tanto para os EUA quanto para o Brasil prosperarem no século 21, é preciso garantir um compartilhamento de educação internacional. A partir deste mês, cerca de 650 estudantes brasileiros de graduação chegarão aos Estados Unidos para estudar. Outros 850 deverão embarcar em breve, totalizando 1,5 mil em uma primeira seleção. Certamente, esse número aumentará.

Como vocês atuam no Brasil?Temos escritórios de aconselhamento na Casa Thomas Jefferson, em Brasília, na Comissão Fulbright, no Rio de Janeiro, e em outras cidades do país. Uma delegação de educadores dos EUA visitará São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Campinas e Piracicaba em abril, para conhecer instituições públicas e privadas de ensino superior e dar mais orientações sobre os nossos programas. (Correio Braziliense)